quarta-feira, abril 25, 2007

E, de súbito


a porta bateu, sozinha, belas raparigas servem refeições a vinte mil pés de altitude sobre o Atlântico,
ou o Índico, sei lá,
o zumbido das balas corre no ar antes do impacto, antes da dor e do alívio, o sol impõe-se no ar antes de mergulhar novamente nas águas, a água que está fria,
não, quente, sei lá,
criaturas que conduzem veículos em tapetes pretos que se estendem por redes e por todo o lado, caixas de luz que mostram um mundo bidimensional, loucos que tresloucados vêem o mundo por um teclado,
as letras do teclado, estão por que ordem, sei lá,
que sorrisos e lágrimas aqueles, a lágrima e o sorriso que o tocou e não mais deixou, seres que discutem o que pensam ser ciência e que pensam que salvam vidas, que pensem, que pensem, efeitos pleiotrópicos, subidas
ou descidas, sei lá,
de curvas e fórmulas de fórmulas de substâncias borbulhantes que alguém há-de experimentar, que invenção, num só dia sol, chuva, neve e vento, num só minuto todo o carinho que um coração pode dar.

Já foi, já aconteceu, repete-se sempre. Deve haver mais alguma coisa a acrescentar a tudo isto, sinto que deve haver, agora não me lembro, há-de bater à porta da minha memória e depois, e só nesse momento, vou decidir se devo abrir.

quinta-feira, abril 19, 2007

domingo, abril 08, 2007

Por cá, a terra tem tremido

Centre Pompidou, Nov 2006

Mas só a [terra], mesmo.

A terra vulcânica treme de forma diferente, de resto. Treme com outra confiança. É como se soubesse que é a isso que está destinada. Causa reacções diferentes nas pessoas: uns, os que sabem que por vezes a ira da Terra mais alto se levanta, os que já o viveram, pressentem, em cada oscilação, a repetição da história; outros, por saberem que à auto-determinação da Terra nada há a opôr, são os que participam em cada oscilação e querem fazer parte dela. São também eles um sismo, a cada vez.

Creio que se a ilha não fosse habitada, não haveriam sismos por cá. Não faria qualquer sentido. Não haveriam, certamente que não haveriam. Fosse a ilha a ausência de vida, toda a panóplia de aparelhos sobre a terra que a auscultam a cada minuto, a cada segundo, nada registariam, nunca.

A ilha treme porque tem vida, por dentro e por fora. São indissociáveis.

quarta-feira, abril 04, 2007

Para o Sr. dos Quins

TGV V150, França, 3 de Abril 2007

"Em 1990, os 515,3 quilómetros por hora de velocidade atingidos por um TGV foram considerados impressionantes. Dezassete anos depois, o TGV V150 francês ultrapassou essa marca e inscreveu um novo recorde mundial ao conseguir chegar aos 574,8 quilómetros por hora. Este modelo de comboio de alta velocidade vai assegurar a ligação entre Paris e Estrasburgo a partir de Junho." Publico Online, 3 Abril 2007; Foto: Vincent Kessler/Reuters. Veja aqui o TGV a bater o recorde mundial.

Isto serve para dar um impulso ao Home dos Quins e Afins. Desaparecido?