domingo, agosto 27, 2006

Catch me if you can.


Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Dan returns Aug'06

Mommy, Mommy, look at me, see how fast I can run?
Look, Mommy I go so fast you can't even see me!!!
Come on, Mommy, catch me if you can.
The longer my legs grow, the faster my mind works.
Mommy, Mommy, I'm going so fast I can't even see me.
Mommy, Mommy,
somebody,
catch me if you can. Why can't anyone catch me?
Doesn't anyone see me?
Doesn't anyone see how fast I'm going? How can I stand still and move so fast?
If someone
Doesn't stop me soon, Ill be gone!!! Gone where?
Olga Schaen

À espera de um engenheiro vindo de terras helvéticas


Aeroporto Fancisco Sá Carneiro, Ago'06

terça-feira, agosto 22, 2006

Avançando na linha

Linha do Douro, a caminho da Régua, numa 1400. Jul'06

A caminho da Régua, numa 1400, lá fomos nós. Não pretendo acompanhar ou - de forma alguma - ultrapassar o verdadeiro 'Home dos Quins' com estes últimos posts, mas antes agradecer algum fascínio que me possa ter surgido
não do nada, mas surgido
pelos comboios, essas seres, cuja vida, enganem-se, não é apenas um pára-arranca desgastante, uma vida sem dó nem piedade do metal e dos fluidos lubrificantes, pouca-terra, pouca-terra,
força, força!
serra acima, cidade abaixo, por cima de vales e por baixo de montanhas, não, não é, um treme e abana de empurrões com o caminho que tudo faz para não se mexer do alinhamento perfeito
perfeito
por vezes perfeito, que nem sempre o é, já dizia o Zé das Máquinas, o pobre velho, a sabedoria de um velho num pobre velho de olhos cansados mas vivos, mas dizia
e já me esqueço
que a vida destes seres que são comboios não é nada dessas coisas sem jeito, nada disso, mas sim muito mais, projectado naqueles que viajam com a cabeça de fora e se deixam enebriar por algo que este texto jamais poderá ter e que, melhor do que isso
ainda me lembro.

terça-feira, agosto 01, 2006

Disco-train

A bordo de uma 1400, túnel de S.Bento, Jul'06

Mais uma vez à aventura, chamados por um vento que sopra sobre carris.

Assim partiram os "Homens de bége" naquela manhã, ainda o nevoeiro envolvia a estação centenária. Assim rugiram os motores, assim foram vencidas inércia e massa, assim se iniciou mais uma viagem cujo destino foi apenas limitado, naquele dia, pelo tempo - o tempo cronológico -, não por ausência de uma vontade forte no coração. Não sabemos se, a determinada altura, fomos nós que acompanhámos o Douro ou se o oposto, se o Douro serpenteava e tentava entrelaçar com a linha que, animada pelos reflexos de luz nas águas, serpenteava também por perto, na margem. E, sobre a linha, sobre os carris, serpenteava também o comboio com dois passageiros diferentes dos outros, cuja presença, por limitações do espaço físico, forçava uma dança no interior da cabine da velha máquina, que tanto serviu e que tanto viu.

Uma dança
com comboios.