quinta-feira, dezembro 13, 2007

Talvez enquanto não tropece

Museu de Arte Islâmica, Kuala Lumpur, Setembro de 2007

As tragédias alheias são sempre de uma banalidade desesperante.
As tragédias alheias são sempre de uma banalidade desesperante,
As tragédias alheias são o dia a dia,
Não o disse Oscar Wilde, mas podia
talvez, talvez
ter acrescentado este último dado
talvez enquanto chorasse
ter acrescentado que é banal porque é o dia de hoje, e de hoje, o minuto que tropeça no segundo, a morte que tropeça na vida, ou que a atropela,
tropeça, tropeça que soa melhor,
ora muito bom dia Sr. Joaquim, como está, como está,
ah, que não magoa tanto,
um tropeção de ocasiões, uma catadupa de sussurros, uma catadupa de risos e uma
catadupa de catadupas de tudo e mais qualquer coisa,
o antever do que aí se aproxima e que não conseguimos prever,
foresee, oh foresee,
o desfecho da tragédia,
muito boa tarde,
boa tarde Sr. Joaquim.

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