"Em Nova Iorque, diz White, encontram-se três tipos de pessoas: em primeiro lugar, as que lá nasceram e aceitam como natural e inevitável a dimensão, a turbulência, as luzes, o ruído e as pessoas - Nova Iorque é a única cidade em que se corre o risco de ser atropelado, propositadamente, por um peão, dizia Russel Baker, colunista do New York Times (...). Em segundo lugar, aqueles que todas as manhãs viajam dos subúrbios para trabalhar em Manhattan, uma praga de gafanhotos que a ilha engole de manhã para logo os regurgitar à noite. Eu pertencia ao terceiro grupo, aqueles que vêm de longe, à procura de alguma coisa, impelidos apenas pela certeza de que Nova Iorque é a cidade do destino final."
João Lobo Antunes, Memória de Nova Iorque e outros ensaios, 2002
Adenda: este post interrompe uma série de dois posts com comboios. Não pretendo roubar o protagonismo ao verdadeiro especialista, que, por falar nele, deve ter novos posts a publicar...
2 comentários:
Genebra é igual!!
3 grupos!!
é podes ser atropelado por peões e por táxis. Que medo!
Mas encontra-se o que quer que se vá procurar. e sai-se de lá diferente.
=)
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